segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Trabalho sobre o Mercado de Shows no Brasil



Há dois meses,fiz um trabalho em Técnicas de Jornalismo(matéria curricular do curso de Jornalismo da PUC/PR)sobre o mercado atual de shows no Brasil.Aproveitei e fiz algumas entrevistas para o mesmo.Fiquei enrolando para editar e colocar,mas agora está indo.Aproveitem.




Fernando Detoni de Paula - Mercado de Shows no Brasil



O mercado de shows tem estado aquecido na ultima década.Desde a ultima década,a demanda por shows aumentou em 30%,assim como o preço dos ingressos.Com o crescimento da economia,muitos festivais surgiram,e outros vieram de fora como o Lollapalooza,festival criado há vinte anos por Perry Farrell nos EUA,e o Sonar,festival que surgiu na Espanha em 1997.

O ano de 2012 foi o maior na historia do mercado.Segundo a Folha de S.Paulo,cerca de 459 artistas diferentes visitaram o Brasil para fazer shows.De sete anos para cá,a demanda tem crescido muito.

Mas ao que parece,a festa acabou.Com a grande concorrência,vieram o aumento abusivo de cachês de artistas internacionais e consequentemente de ingressos.A média de preços que era de R$ 35 em 2001 subiu para R$ 175 em 2011.

Em consequência disso,shows com lotação esgotada se tornaram raridade.Primeiro,foram os shows de Madonna e Lady Gaga,que tiveram carga de espectadores de 50 e 80 mil pessoas,respectivamente,abaixo do esperado,mesmo com promoções e até casos de venda casada de ingressos.Depois Jennifer Lopez levou somente 5 mil pessoas.

Segundo o jornalista,produtor e um dos sócios do Cine Jóia,Lucio Ribeiro,o mercado ficou aquecido “devido a uma conjuntura de coisas,como o crescimento da economia,a quebra da industria fonográfica,que precisou de uma nova fonte de renda e a internet,que ajudou na pesquisa e no interesse das pessoas sobre as bandas novas”.A partir daí,se cresceu também os cachês,o que ajudou a tornar mais caro o preço do ingresso.

“É uma conta difícil de fechar”,conta Lucio.”Você tem custos para cobrir se você traz os Strokes dos EUA para tocar aqui,como alimentação,traslado,transporte,aluguel de casa de shows e ainda a meia entrada,e tem que dar lucro,senão é inviável”.Segundo ele,a mesma economia que ajudou a trazer os grandes shows está os afastando.”Se a economia vai mal,ninguém compra ingresso e o patrocinador não bota dinheiro no show ou festival,porque não vai dar lucro”.

Apesar dos sinais de que tudo vai mal,o Planeta Terra,que acontece no mês de novembro em São Paulo está com sua sétima edição confirmada,para o Jockey Club.É esperar para os próximos passos.